terça-feira, 22 de março de 2011

A caderneta de anotações "A boiada” de Guimarães Rosa, em uma viagem que fez com os vaqueiros pelo sertão de Minas no ano de 1952, é o objeto inspirador na criação desta ação.
As anotações de Guimarães em “A boiada” representam um inventário informal da flora e da fauna do sertão mineiro na década de 1950 e uma descrição da vida sócio-cultural do vaqueiro. Rosa está totalmente atento aos sinais da natureza, vivenciando e experienciando através dos sentidos: do olhar, do degustar, cheirar e escutar. Assim, integrado ao cosmos, Guimarães respira a terra, canta as águas, desenha com os dedos morros e caminhos.

Criando o nosso livro de notas: Cada participante recebe uma caderneta de capa dura, objeto que pode ser personalizado pelo seu “dono”. A caderneta de anotações foi objeto de uso constante para apontamentos, esboço de propostas de trabalho, desenhos, anotações, sobretudo de palavra e expressões, registros, segundo o interesse de cada participante, entremeados com propostas ou sugestões da própria oficina. São destas cadernetas que deverão, em princípio, surgir como disse Guimarães, as nossas "vitaminas para as idéias"... que nutrirão nossos trabalhos em esgrafito.


Seguem as imagens escaneadas das cadernetas. E imagens de seu uso.